Eu deveria começar esse texto com um pedido de desculpas
Não se engane comigo, eu já te disse que gosto de seguir a minha vontade
E aí já não sei se por costume ou intensidade
Eu escrevo essas palavras
Mas de qualquer forma e por qualquer coisa, desculpa
A minha intenção é que as frases tomem forma
Primeiro que elas se juntem ao aroma do teu chá de hortelã
Que, por estar quente demais, alerta tua boca que algo está diferente
Mas eu sei que você não vai se importar,
Porque sentir é preferível a negligenciar
E não há pessoa sábia no mundo que negligencie o teu olhar.
Depois, as palavras devem tomar o brilho que teus olhos tem
Que encanta e que transforma o ar em volta de você
É como uma aura que soma, seja com o jeito que você gesticula quando fala
A leve subida de sobrancelha
E a pequena ansiedade que fica visível quando você não deixa as pernas paradas por um minuto sequer
A essa altura eu só torço,
Parece final de copa do mundo
Torço que você ainda esteja ouvindo a minha voz e a música de fundo
E você fique sabendo, que se você não quer comer algum doce, eu te pago uma salada por aí
O que importa é que de casa você vai sair
Pois lembre, a vida é um trem que não espera na estação
Amanhã, claro, é um novo dia
Que poderia
Sem dúvida, ser o último das nossas vidas
E eu não me perdoaria
Se eu não te fizesse abrir mais sorrisos
Brilhantes, como esse que você está abrindo agora.
(Se você sorriu, bom, você precisa me encontrar pra gente conversar)